quinta-feira, 9 de junho de 2011

Experiência Científica.

Talvez, da próxima vez eu faça um relatório e ofereça uma cerveja.
Providencie um memorando com um mês e antecedência.
Haverá tempo para ser ouvida, para a minha reivindicação ser levada a sério.
Talvez eu mude as coisas. Talvez eu resolva o mistério.

Eu vou arranjar um laboratório para testar todas as possibilidades.
Não quero ser interrompida, você precisa respeitar a minha integridade!
Mas, quem sabe, eu aceite o seu convite para o mundo a fora,
Para sair de casa em cima da hora.

Não esqueça dos meus objetivos,
Faço isso tudo para nos manter vivos.
Não questione, você chora por não entender nada de nada.
Você não põe na cabeça que eu tenho a minha carreira amada.

Não perca seu tempo derramando suas lágrimas cansadas.
Volte mais tarde que eu preciso arrumar as minhas malas.
Minha cabeça está formada, você não pode me influenciar.
Só não esqueça que és maior do que tudo. Obrigada por me amar.

És maior do que tudo, já disse, mas antes de você,
Só deixa eu lembrar de todo o resto, do que eu não posso esquecer.
Ops, você estava aí?
Desculpe, é que com tanta coisa mais importante agora, eu me distraí.

Aos pedaços.

Eu sou um muro,
Sou de pedra.
Posso ser um pilar, uma sustentação.
Eu me seguro, seguro você, seguro nós todos.
Eu sobrevivo à chuva, a cuspidas, a chutes e pontapés.
Sem mim tudo acaba, deixa de existir.
Há dias em que a minha força não é mais a mesma.
Anda cada vez mais dificil ficar em pé.
Ainda mais depois da revolução,
a que aconteceu em minha vida.
Se é que dá pra chamar de vida a vida de pedra.
De qualquer maneira, eu sinto que estou desmoronando.
Sinto que estou começando a desabar.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pesadelo.

Um suspiro de alívio,
Um rosto cansado.
Falta pouco, muito pouco.
O sol já vai voltar.
O pior já passou.
Volte a dormir.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Dor do Inverno

Na rua, como na maior parte do tempo,
O vento é frio, mas o que machuca é outro sofrimento.
É um outro tipo de dor, a que vem de dentro.
A que não se vai em nenhum momento.
A que não pede pra entrar,
E muito menos pensa em sair.
É a dor de amar.
De ver alguém partir.
Pouco a pouco, sem pressa.
Sem ter medo de ir.
É a dor de cortar o peito,
De lamentar o que foi feito.
De lembrar a hora da partida,
E de curar com a própria vida.